quinta-feira, 10 de março de 2016

Para ti

Hoje escrevo para ti. Para ti, de coração.
Hoje, como sempre, invades-me a alma e o pensamento. E fazes o meu cérebro andar às voltas, dentro desta cabeça, que hoje é pequena demais tamanha a confusão que vai cá dentro.

É só mais um dia. Um dia igual a tantos outros, onde a rotina banal se instala. Um dia onde as horas voam e as respostas que tanto procuro teimam em não aparecer. Um dia onde a revolta, o medo e a insegurança se instalam e marcam pontos.

As respostas demoram, as forças falham, as lágrimas caem, as dúvidas instalam-se. Porque tem de ser assim? Para onde vou? O que vou fazer? E nós? Como vamos? Como estamos? Como ficamos?

Sou um pequeno ser perdido no meio de um mar de dúvidas, que teimam em não se ir embora. Sou um pequeno peixe no meio do mar, sem saber para onde ir e com medo de se perder. Com medo de te perder. Com medo de nos perder.

A cabeça voa de um lado para o outro, tentando apanhar todas as pontas soltas que me assolam. As mãos não chegam, há mais pontas do que mãos e pés e que todas as molas que possa ter comigo no bolso.

Quero agarrar, prender, avançar. Quero ser forte. Quero mandar as dúvidas embora. Quero ver um farol, uma luz que me faça deixar de ser um pequeno peixe perdido no mar. Quero ser mais, maior e melhor. Quero um projecto. Quero-me. Quero-te. Quero-nos.

Hoje escrevo para ti. Hoje foi mais um dia. Hoje apanhei uma ponta solta.
Para ti, de coração, sempre.

sábado, 11 de julho de 2015

Caraças pá!!

Perdi peso!! Finalmente!! A balança mostra um número que me agrada finalmente!
Isto de fazer uma dieta que dá um choque ao organismo afinal resulta mesmo. E o ginásio. E a corrida. E as aulas de body attack, boot camp, Zumba, cycle, fitness yoga. E vontade. E confiança. E fé
Caraças pá, como é porreiro ter a auto-estima onde sempre deve estar: em cima. Como é bom sentir-se feliz em dias de sol. E de chuva.
Ser feliz é a melhor coisa do mundo. Fé.

domingo, 5 de julho de 2015

Da nostalgia

Acontece-me muitas vezes ficar nostálgica. Deve ser porque sinto a falta de uma companhia, de um amigo para ser mais correcta.
É verdade que continuo com saudades do amor que me deixou, e ontem senti na pele toda a falta que ele me faz. Ontem foi um daqueles dias de sol, no parque. Picnics por todo o lado, casais sorridentes por todo o lado e eu só. Diz o sábio que temos de aprender a desfrutar da nossa própria companhia para sermos realmente felizes. Certo. Ou não.
A verdade é que agora que os dias são maiores, o calor sente-se na pele e as saudades sente-se no coração. Não digo que o amor que se foi era a pessoa que mais queria ter cá. Digo, e com toda a certeza, que apenas precisava de um dos meus amigos. Um daqueles à séria, qualquer um. Podia escolher de olhos fechados e ia sentir-me a pessoa mais feliz do mundo.
As férias estão a chegar e penso que em breve vou poder abraçar a família e os amigos. E vou poder contar de enfiada como estar na terra da rainha tem sido uma aventura do caraças. E a nostalgia vai desaparecer, até embarcar na próxima viagem.


quarta-feira, 20 de maio de 2015

Update

Não, ainda não subi à balança depois do meu banho de realidade. Sim, tenho ido correr, tenho restringido a dieta a comidas saudáveis. Sim, tenho cometido pecados pelo meio e claro que me sinto péssima depois.

Hoje acordei de mau humor,péssimo humor. Mas tenho de o disfarçar pois quem está à volta não merece nem tem de apanhar com o meu mau feitio.

Hoje vou correr. E pensar. E fazer dieta. E tentar chegar ao fim do dia. E tentar aguentar o mau humor até ao fim do dia.

sábado, 25 de abril de 2015

Banho de realidade!!

Então a vida acontece todos os dias. Nada de novo até aqui.
De vez em quando uma balança aparece no nosso caminho. Tudo bem até aqui. Ontem foi a minha vez de me cruzar com uma balança. E subir para a balança. E aqui começa o pânico! Então temos 63,3 kg quando apenas deveríamos ter 56,1 kg!
Heis que chegou o banho de realidade! Ontem já foram 7,5 km, hoje começa uma bela dieta, hoje o meu corpo deixa de estar em estado de alerta e passa a ter agua em quantidade suficiente.
Ontem foi dia de banho, hoje é dia de definir planos, tomar atitudes e lutar para recuperar o que perdi: magreza, confiança e um pouco de auto-estima.
Abençoado blog, que levará com todos os passos ate aos 57 kg, e espero este numero apareça rapidamente!!

25 de Abril volta a ser dia de revolução!!

domingo, 12 de abril de 2015

Let the sunshine in!!

Isso, deixar entrar o sol! O sol brilha no céu iluminando este dia, ao fim de muitos dias de céu cinza e chuva.
Nada me dá mais prazer que sair e apanhar sol, sentir a brisa fria no corpo, ver as pessoas na sua vida andando de um lado para o outro.
Arrumar ideias. Ás vezes certas ideias precisam de ser arrumadas e desarrumadas uma série de vezes. Tal como os sentimentos, que precisam de ser sacudidos, relembrados, alguns apagados até. Mas neste dia de sol, apenas penso nos sentimentos felizes, mesmo que a eles esteja associada alguma dor e sofrimento. Afinal, quem nunca teve bolhas nos pés causadas pelo mais bonito e amado par de sapatos?

quarta-feira, 8 de abril de 2015

"Better not stop"


Nunca, mas nunca pensei que correr que fosse fazer sentir tão bem. Quer dizer, eu sentia-me bem quando corria por necessidade física (para abater pneuzinho Michelin), mas agora que tenho corrido para arrumar ideias sinto-me ainda melhor!
Se há um mês me dissessem que ia correr porque precisava de pensar ia rir-me e dizer que penso no duche! Mas a verdade é que estes últimos dias de corrida me proporcionaram uma arrumação geral na cabeça. Consegui engavetaram assuntos, quebrar barreiras, ter ideias, respirar. Claro que também tirei assuntos de gavetas, assuntos que agora valerão novas corridas para serem engavetados novamente ou para serem apagados.
E o mais interessante disto tudo é o seguinte: enquanto penso não me apercebo dos kilometros que corro, das dores, do quanto estou suada e tenho os cabelos no ar.
Por isto e muito mais, o melhor é não parar!!

segunda-feira, 6 de abril de 2015

No centro do furacão


Este meu novo trabalho envolve estar com crianças e a sua família.
Todo este conceito de paternidade\maternidade é novo para mim. Cada dia uma aventura nova se inicia.
Este trabalho faz-me pensar em mim no presente, pessoa sem filhos, e na futura mãe que poderei vir a ser. Dizem que um filho nos muda a vida, a forma de pensar e ver o mundo. Acredito, afinal uma parte de nós está agora fora do nosso corpo e essa parte que amamos mais que tudo tem de sobreviver e viver. Faremos de tudo para o seu bem estar, para a sua felicidade.
Por outro lado é claro que este novo ser nos fará abdicar de uma série de coisas que existiam na nossa vida. Abdicar faz parte. Abdicamos de muita coisa ao longo da vida. Eu sei estou familiarizada com o termo e o acto de abdicar. Trocar ou deixar algo por um bem maior, por uma felicidade maior, por uma felicidade alheia, por um amor.
Amor. Esse sentimento que é óbvio, puro e imenso em relação a um filho. Sei disto afinal sou filha, sinto na pele esse amor maior. Como filha sei quanto é bom ser amada de forma intensa, imensa com um amor que não vacila, que é eterno, que transpõe barreiras, distâncias, um amor que é capaz de vencer a mais dura das batalhas. Tenho a certeza que os pais abdicam de bom grado de algo pelo bem do seu filho. Isto é ponto clarissimo.
Agora o reverso da medalha: e quando o filho passa 13 horas do dia a chamar pelos pais? E quando não deixa que os pais deêm a devida atenção ao irmão de meses? E quando cada tentativa de pegar no bebé é brindada com uma birra descomunal do irmão grande que só termina quando o bebé é passado a outra pessoa? E quando o irmão faz exigências que determinam quando os pais podem ou não pegar e cuidadar do bebé? Terão os pais de abdicar do tempo com o bebé para atender e satisfazer as vontades do filho maior? Terão os pais de escolher o grande em vez do bebé porque o bebé não sente e o grande sente?
É esta escolha, esta luta que me sufoca. Sei que em muitas famílias a chegada de um novo membro é pacifica. OK, há ou pode haver uma pequena quebra e sentimento de abandono porque parte dos irmãos, mas até que ponto é que esta situação pode comandar, melhor, mandar na vida dos pais e do bebé?
O recado aqui é prevenir. Procurem apoio se a vossa criança não está a aceitar bem a chegada do novo membro. Procurem apoio se a vossa vida e a vida do bebé estiver condicionada por borras e choros constantes. Fazer cedências e abdicar sim, mas até que ponto?

domingo, 5 de abril de 2015

Das saudades, da nostalgia, do sentimento

Em certos dias a nostalgia bate à porta. Quando as actividades para passar o tempo passam por sair e ver bandas ao vivo, é impossível não pensar na falta que uma companhia nos faz. 
Tenho saudades de casa, dos amigos! Tenho saudades do sol, do calor. Tenho saudades do cheiro do ar da minha terra. Tenho saudades do amor que me deixou.
Tento sempre ver o lado positivo desta experiência, deste trabalho, mas o facto de sair sozinha e de as únicas conversas que tenho serem através de um chat de uma rede social fazem-me sentir sozinha e solidão é algo que não combina comigo!
Valha-me o crumble de maçã e "ruibarbo" que por cá se faz e me delicia!!

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Sabes que gostas...

...quando te lembras dele por causa de uma comida! E depois claro, o universo - que claramente é um gajo cheio de piada- traz uma música que era especial como banda sonora.
Passo a explicar como deve ser: em dia de folga por terras de sua majestade, decidi que seria interessante experimentar comida de pub. Ora que saiu aqui para a menina uma dose de fish and chips, que é peixe frito com batatas fritas (como o nome indica) e traz como acompanhamento ervilhas esmagadas e molho tártaro. Quando estava a comer as ervilhas, ele foi a primeira pessoa que me veio à cabeça! O meu cérbero (ou coração partido) achou que as ervilhas com um toque de menta seriam algo que ele gostaria, porque é uma mistura engraçada. 
Depois de uma repreensão mental (aquele "não penses mais nisso" racional que dizemos a nós próprios), eis que surge como pano de fundo uma música especial: Eagles com Hotel California! 
Resultado: a comida não me caiu bem, estou com dor de cabeça e pior, ainda gosto de alguém que não está nem aí, como dizem os brasileiros! 
  Bem, posso sempre piscar o olho ao barman, não terei resultados mas sempre me distraio a pensar se ele também vai ser mais um a questionar se sou francesa! Não, o meu inglês é normalissimo mas eles encacaram com isso.

sábado, 21 de março de 2015

Sol e paz de alma (ou falta dela)

Inglaterra e o seu tempo inconstante! Agora percebo o culto do sol do qual os ingleses tanto falam. É o segundo dia de primavera e está um frio que não se pode. 6 graus!! Seis graus senhores, isto enquanto os portugueses se deliciam com 11 ou 12. Não é a temperatura que me chateia mas sim a falta de sol. Claramente parte de mim é uma planta, preciso de sol para funcionar decentemente. Há que fazer a fotossíntese.
Obviamente que num dia de folga, frio e nuvens vim encontrar-me comigo e com os meus pensamentos num pequeno café. Nunca pensei que um café "americano" (é o nome da bebida) e uma waffle  de mirtilios fossem capazes de acalmar um espírito inquieto como o meu. Um espírito que se debate com as saudades de casa, com as saudades de um amor quebrado, com as saudades de um amigo, com as saudades de uma conversa. Claramente este monstro precisa de amigos ou companhia para deitar conversa fora. 
E fica aqui a banda sonora que acompanhou as minhas divagações mentais no The Zed Music Cafe. Nunca procurar uma canção me deu tanto trabalho, mas valeu bem o esforço. Enjoy!!


Ben Howard - Keep your head up


sábado, 14 de março de 2015

New life



Com duas semanas de atraso escrevo sobre esta nova vida que tenho. Aqui, em Londres as coisas estão a correr bem, ao ponto de pensar em ficar para sempre. Mas só passaram duas semanas ainda!
As saudades dos meus já apertam. Não ter cá amigos também é difícil, mas ainda só passaram duas semanas.

"Home is where your heart is."

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

The countdown


Está a chegar o dia do embarque. O dia de um grande salto. O dia de uma mudança.
Eu vou aguentando as dúvidas, os medos. Vou pensando no melhor mas como a mudança é grande tenho medo de pensar no melhor em concreto. Prefiro manter a fé nas coisas positivas que vao acontecer. Coisas positivas existem. Nao sei que como nem em que forma, mas existem e vao acontecer.

E para descompressar de todo o stress, fica a música que se ouviu em loop infinito.


quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Packing...


Metade da vida resolveu-se. É tempo de mudar, de sair da zona de conforto. A aventura será enorme e o medo agora assombra-me mas eu tenho fé.
Agora queria mesmo era o meu amor de volta. Pode ser que a vida se resolva novamente. Eu mantenho a fé. Essa, ninguém me tira!!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Neste momento...


...sinto-me a semi-explodir! Mas há que manter a calma! Calma Becas, olha as rugas!

Respiraçao, calma, fé! Fé sempre!!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Das dores do amor



Sinto a tua falta todos os dias. Todos os dias te desejo. Todos os dias dou voltas à cabeça. Todos os dias me lembro de ti. Todos os dias me esqueço de te esquecer. Todos os dias te desejo. Todos os dias sinto na pele as tuas carícias. Todos os dias sinto nos lábios os teus beijos. Todos os dias sinto a tua falta.
Quero muito, tanto. Volta. Voltamos.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Sinais da vida - ou aquilo que precisamos de ouvir depois de uma queda

"Os milagres acontecem a cada segundo. Os melhores costumam ser discretos. Os grandes são secretos.” 
José Eduardo Agualusa, Milagrário Pessoal

"Caraças Becas, acredita! Mantém a fé!!" - este é o meu mantra! Que vou repetir, repetir e repetir!!


O vermelho no frio


Com este frio e chuva, tenho vontade de tudo menos de sair. Sou daquelas capazes de andar de pijama o dia inteiro. Entre mantas, chávenas de chá, lareira e tv o pijama polar é rei.
Mas depois é preciso sair, e tirar o pijama. E tratar de aparecer com uma cara decente. E nestes últimos dias cada pequena saída é um mote para usar o batom vermelho e caminhar entre as pessoas como se fosse a jeitosa da Jennifer Aniston! Há que manter a cabeça erguida mesmo quando a vontade de a enfiar na areia por tempo indeterminado é muito elevada.

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Sugar, yes please!!


I'm hurting baby, I'm broken down
I need your loving, loving
I need it now
When I'm without you
I'm something weak
You got me begging, begging
I'm on my knees
I don't wanna be needing your love
I just wanna be deep in your love
And it's killing me when you're away
Ooh baby, cause I really don't care where you are
I just wanna be there where you are
And I gotta get one little taste
Sugar
Yes please
Won't you come and put it down on me
Oh right here, cause I need
Little love and little sympathy
Yeah you show me good loving
Make it alright
Need a little sweetness in my life
Sugar
Yes please
Won't you come and put it down on me

(Maroon 5 - Sugar)

Por hoje é isto. Força e fé! O mundo é redonda. A vida nao é, mas tendo fé pode ser que se transforme.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Feeding the birds


Sou aquela pessoa que deita aveia no chao para que os pardais possam alimentar-se. Está frio, há pouco que comer e compadeço-me pelos pequenos pardais.
Mesmo assim, mesmo querendo o bem até das mais pequenas criaturas, a vida continua a socar-me forte.
Até quando?